Transtorno

Trecho da avenida Fernando Osório sem infraestrutura causa transtornos a condutores e pedestres

Via de tráfego intenso, principalmente de veículos em alta velocidade, é marcada por buracos e falta de pavimentação

Foto: Volmer Perez - DP - Buracos causam transtornos aos motoristas

Trajeto para o acesso a vários bairros da zona norte e para a saída do Município, o trecho da avenida Fernando Osório na quadra entre a praça do Colono e a avenida Dom Joaquim é permeado por problemas de infraestrutura. No local onde o trânsito é intenso, há inúmeros buracos e desníveis profundos causados também pela falta de pavimento em metade da via numa extensão de mais de cem metros. Com veículos tentando desviar dos obstáculos, o tráfego torna-se perigoso e confuso. Condições que são ainda piores em dias de chuva.

Carros em alta velocidade e batidas frequentes em buracos cobertos pelo acúmulo de água, essa ocorrência era a mais comum na tarde de segunda-feira (26). O trânsito intenso durante todo o dia também conta com os ônibus rumo às localidades na zona norte e os transportes que tinham como destino o interior de Pelotas. Diante do cenário, a dificuldade maior é sentida pelos pedestres, pois com os paralelepípedos retirados da rua também perdeu-se metade da faixa de segurança, já com a sinalização horizontal enfraquecida.

Taxista em um ponto em frente ao trecho, Sadi Soares observa de perto as ocorrências causadas pela falta de condições adequadas na via. "A situação é caótica porque fizeram uma obra ali e está toda a quadra sem asfalto desse lado. Essa saída daqui [da praça do Colono] é muito complicada por causa do trânsito e sem contar os buracos. O pessoal mesmo para atravessar para ir ao banco, tem aquela faixa de segurança ali, mas quase não existe mais", declara.

O motorista conta ainda que os prejuízos causados aos veículos são constantes, principalmente para os proprietários, que como ele rodam o dia inteiro. "É complicado para trabalhar, para sair daqui, é buraqueira, pó, é tudo. O prejuízo é dobrado, mas vamos ver se o poder público dá um jeito nisso aí."

Sobre a retirada da pavimentação em todo o lado direito da rua em direção aos bairros, um comerciante local, Térsio Blank, diz que foi executada pela construtora de um prédio próximo a Fernando Osório para a instalação de encanamento de esgoto. "Eles abriram tudo e não fecharam, só colocaram a terra por cima, em toda essa parte tinha asfalto, já tava ruim, agora ficou pior." Ele diz ainda que o acúmulo de água é causado pela areia que foi colocada no segmento no lugar dos paralelepípedos e entope os bueiros. "Eles [condutores] não sabem se tem buraco porque está tudo cheio na rua, então os carros danificam."

Os problemas de tráfego também prejudicam os empreendimentos do entorno devido às dificuldades para estacionar e sair dos comércios. Na área em frente a maior extensão de acúmulo de água e buracos está localizada uma loja de móveis, onde a gerente reclama sobre os contratempos causados aos clientes. "Não tem como entrar direito e o pessoal que estaciona mais abaixo ali se molha todo porque os carros vão passando e jogam barro", diz Livia Medeiros.

Conforme a gerente, a situação da falta de pavimento se arrasta há mais de um mês e tem intensificado de forma significativa os problemas que já eram rotina na rua. "Quando começaram essa obra, durante um mês eles trancaram toda a frente da loja, a gente entendia que seria para melhorias, então tudo bem, mas não foi o que aconteceu, cada vez fica pior."

Assim como citado anteriormente, Lívia reclama da alta velocidade que os veículos circulam e da falta de sinalização, assim como das dificuldades que os pedestres enfrentam ao tentar se locomover na avenida. "Aqui deveria ter um quebra mola ou um semáforo, tem tantos espalhados por aí e aqui que é tão importante não tem. A gente estaciona e tem que esperar cinco, às vezes dez minutos para atravessar."

Assim que terminou de conversar com a reportagem, a gerente saiu da loja e, ao esperar cerca de quatro minutos para atravessar a rua, ela teve que contar com o auxílio de um cuidador de carros para chegar ao outro lado. "Se de carro é difícil, a pé é impossível", ressalta.

O que diz o Sanep e o Município

Os relatos dos comerciantes foram confirmados pelo Sanep, tratando-se de uma obra particular que, até o momento, não teria sido entregue para verificação se está de acordo com o projeto aprovado pela autarquia. Ainda conforme nota da Prefeitura, o acúmulo de chuva em pouco tempo, como foi o caso desta segunda-feira em Pelotas, aumenta a exigência do sistema de drenagem como um todo. Deste modo, não haveria necessariamente prejuízo causado pela obra no sistema de escoamento.

A autarquia ressalta que irá reforçar junto à empresa responsável pela construção o pedido de agilidade na repavimentação do local. "Cabe destacar que, após a finalização da obra, haverá o benefício permanente aos moradores e comerciantes da região, que terão o esgoto ligado à rede e afastado de forma adequada", diz a nota enviada pela assessoria de comunicação.
O Município afirma ainda que será realizada uma requalificação na região da praça do Colono.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Connex chega a Pelotas em março Anterior

Connex chega a Pelotas em março

Central de Atendimento à Mulher recebeu 1.558 ligações por dia em 2023 Próximo

Central de Atendimento à Mulher recebeu 1.558 ligações por dia em 2023

Deixe seu comentário